EDITORIAL: Fim de ano, recomeço de tudo no COMTUR
(Ou: a grande chance de acertar o destino do seu Conselho de Turismo)
A certeza é uma só: tentar justificar, ou reparar, o tempo perdido é duplo prejuízo.
Simplesmente porque é extremamente desgastante tentar reposicionar a opinião pública e obter entendimento para as justificativas apresentadas.
Isso, tanto na vida particular como na ação em grupos de trabalho, é muito desgastante.
Trazendo essa premissa para o campo das ações focadas na promoção do turismo receptivo de uma localidade, atribuição inerente ao Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), além de suas características de consultoria, deliberação e fiscalização, é interessante fazermos um destaque para o período de possíveis mudanças na governança do Conselho, por força de norma a qual estabelece o final do cargo de presidente para o último dia de cada ano ímpar, independentemente da data de sua eleição e posse.
Ou seja, 31 de dezembro é a data final do mandato dos atuais presidentes de COMTURs.
Não confundir com os mandatos exercidos pelos Conselheiros, de modo geral, devido à data de sua posse no cargo de representante de algum segmento da sociedade civil ou da iniciativa privada.
Nesse mesmo período de renovação ou manutenção, é interessante ao secretário do COMTUR elaborar uma planilha de presenças às reuniões e recomendar, por ofício, chamamento público para representantes da sociedade civil/iniciativa privada, no intuito de completar os espaços vazios.
Lembrando que, genericamente, 3 faltas consecutivas ou 6 alternadas configuram desinteresse ou impossibilidade particular de continuar acompanhando as reuniões, as quais devem ser mensais.
Cabe destacarmos, também, não haver a explícita possibilidade de justificar ausências, de titulares ou suplentes (estes também precisam comparecer às reuniões, com direito a opinar, tendo direito a voto quando o titular estiver ausente). Temos conhecimento de, pelo menos, um certo COMTUR ter utilizado atestados médicos para regularizar listas de presença, o que levanta questionamentos sobre o rigor na aplicação das normas regimentais.
Considerando que o protagonismo do COMTUR é implícito aos projetos a serem apresentados ao DADETUR (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), nada mais justo do que ser composto por pessoas realmente comprometidas com o envolvimento da população no melhor atendimento de turistas. O que é feito para atender aos moradores, atenderá com reflexos bons aos turistas.
Para reflexão: vale a pena manter o COMTUR como está ou uma sacudida faria diferença para melhor?
O turismo receptivo não se decide apenas no gabinete do gestor municipal; seu sucesso é potencializado (duas vezes mais, talvez) pela efetiva participação dos munícipes, e não apenas pela presença de representantes da gestão pública.
Isso não é sobre ocupar cadeiras. É sobre mostrar resultados ao ocupar essas cadeiras.
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Marcos Ivan de Carvalho, MTb91.207/SP, jornalista especializado em turismo; Gestor de Turismo pelo IRFJ/MTur/MEC; membro do Conselho Deliberativo da AMITur (Associação Brasileira dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico).













